quarta-feira, 24 de junho de 2009

Meningite

O que é

É uma inflamação das membranas que recobrem e protegem o sistema nervoso central - as meninges. A meningite pode ser de origem viral, adquirida depois de alguma gripe ou outra doença causada por vírus, ou de origem bacteriana, normalmente mais branda.

Existem várias bactérias que podem ocasionar a meningite. Uma forma contagiosa da doença é a causada pelo meningococo que transmite a doença pelo ar. Outra forma de contágio é o contato com a saliva de um doente.
A bactéria entra no organismo pelo nariz e aloja-se no interior da garganta. Em seguida vai para a corrente sangüinea

Pode ocorrer dois caminhos: cérebro ou difusão pelo corpo (bacteremia), causando uma infecção generalizada conhecida como septicemia.

  1. Dura - Máter
    Camada mais externa, que na maioria dos casos não é atingida pela meningite.

  2. Aracnóide
    Camada intermediária cujo nome vem das travessas finas que lembram a teia de aranha.

  3. Pia - Máter
    Camada interna, que adere ao encéfalo e acompanha todo seu relevo

Sintomas
Em bebês de até um mês:
irritabilidade, choro em excesso, febre, sonolência e moleira fica estufada, como se houvesse um galo na cabeça da criança;

acima desta idade:
a criança ainda tem dificuldades de movimentar a cabeça;

a partir dos cinco anos:
febre, rigidez da nuca, dor de cabeça e vômitos em jato.


As meningites:

As meninges são membranas que recobrem o cérebro e a coluna vertebral. As meningites são infecções que acometem estas membranas. Vários são os agentes etiológicos: Bactérias, vírus, fungos e parasitas.

O que ocorre: Quando as meninges são atacadas por um microorganismo o corpo reage com suporte de leucócitos (células de defesa) para a região das meninges, lá a reação entre as células de defesa e o agente infeccioso causa uma reação inflamatória.

Esta reação inflamatória é característica pelo aumento do número de leucócitos e formação de anticorpos contra aqueles agentes. E é demonstrada através do líquor cefalorraquidermo que obtemos através da função lombar.

Como fica o líquor: O número de leucócitos aumenta, a reação de defesa faz aumentar a concentração de proteínas e a diminuir a de glicose (açúcar consumido pelas células). Podemos ver os agentes causadores através da Bacterioscopia. E, há a possibilidade de captarmos os anticorpos através de várias reações específicas (Pandy, Contra imunoeletroporese e reação de antígenos bacterianos) inclusive com a possibilidade do diagnóstico etiológico.

Quais os sintomas: febre alta e persistente, dor de cabeça, vômitos em jato rigidez de nuca são os sintomas principais em crianças acima de um ano de idade. Em crianças abaixo de um ano e com a moleira aberta, o aboulamento desta é um excelente sinal.

Em recém-nascidos a suspeita diagnóstica torna-se mais difícil, em geral, choro irritado, hipoatividade, hipo ou hipertemia e gemência devem chamar a atenção para um possível diagnóstico.

A suspeita diagnóstica deve ser feita o mais precoce o possível e a função lombar deve ser feita assim que indicada.

Tão importante quanto o diagnóstico da meningite (doença), ter o conhecimento do agente etmológico (Homophlus influenzae, Naesseria Meningitidis, Esteptococos pneumoniae entre outros) é muito importante pois através do seu encontro poderemos determinar o antibiótico adequado, tempo de tratamento (que vai de dez a vinte e um dias) e a possibilidade da evolução com complicações ou não e, assim estar um passo a frente da doença.

A certeza de qual o agente causador é dada pela cultura do líquor, que apesar de demorada é positiva em média em 50% dos casos aqui no Brasil.

Assim é muito importante não iniciar o uso de um antibiótico (através de auto-medicação) ou indicada sem certeza diagnóstica dado por pessoa habilitada, pois apenas atrasa o diagnóstico da meningite e torna impossível o conhecimento do agente etiológico.

Apesar das importantes melhorias no diagnóstico (atualmente mais precoce) e no tratamento (baixa resistência dos micro-organismos aos antibióticos usados), a meningite ainda se mantém como uma das patologias mais preocupantes em nosso meio, isto porque é bem conhecida a frase "Quando não mata aleija". Isto em parte ainda é verdade, pois as sequelas ainda ocorrem, e vão desde leves dificuldades escolares até a paralisia cerebral, passando por várias formas de defeitos físicos e intelectuais, incluíndo a surdez parcial ou completa.

Em conclusão: A meningite, doença importante em nosso meio, tem atualmente rápido diagnóstico e tratamento eficaz. Desde que haja precocidade na investigação e esta não seja atrasada pelo uso inadequado de antibióticos.

Meningite


Meningococcemia é a mais grave

A Meningococcemia pode ser definida como uma infecção bacteriana aguda, rapidamente fatal, causada pela bactéria meningococo ou Neisseria meningitidis. A bactéria pode atuar causando infecções nas meninges (meningite meningocócica), infecções generalizadas (meningococcemia), ou as duas juntas.

O quadro é mais grave quando ocorre apenas a meningococcemia, podendo levar à morte, rapidamente. “Nestes casos, a bactéria é mais agressiva e pode matar antes mesmo de infectar as meninges”, explica.

Mesmo em países de primeiro mundo, o índice de mortalidade chega a 40% das pessoas infectadas. Em 15% dos casos ocorre meningococcemia sem meningite, quando a mortalidade pode chegar a 70% em países em desenvolvimento.

Estima-se que 10% dos adolescentes e adultos sejam portadores assintomáticos (não estão doentes) do meningococo na orofaringe (boca e garganta) e podem transmití-lo. A maioria dos casos de meningococcemia origina-se desses portadores assintomáticos.

Sinais clínicos podem determinar o início do tratamento da meningite

Tratamento
Na suspeita clínica de meningite deve-se sempre proceder à punção liquórica (retirada do líquido espinhal), para confirmar o diagnóstico e isolar o agente. Estabelecida a suspeita diagnóstica e confirmada pelo resultado do exame de líquor, deve-se iniciar o tratamento específico o mais rápido possível.

Nos casos graves, como na meningococcemia, quando há choque (pulsos fracos e pressão baixa) e alteração do nível de consciência, há necessidade de cuidados intensivos na UTI.
As complicações iniciais das meningites são mais graves, incluindo-se aí o choque, miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e a insuficiência renal.

“Como seqüelas poderemos ter surdez ou diminuição da audição, retardo neuropsicomotor, epilepsia e amputação de extremidades”, diz o intensivista.

Como medidas de prevenção, o médico recomenda a vacinação contra os germes mais comuns (Hemófilo B, pneumococo e meningococo) e manter os ambientes bem ventilados.

Inverno facilita a transmissão

A proximidade dos meses mais frios do ano traz sempre a preocupação com a prevenção da meningite, doença grave que acomete principalmente crianças e com alto índice de mortalidade. Segundo o intensivista pediátrico Dr. Eduardo Marcelo Golin, a transmissão é facilitada no inverno porque as pessoas tendem a ficar mais próximas e em lugares fechados.

A meningite é uma doença infecciosa do sistema nervoso central, que causa inflamação nas meninges, as membranas que revestem o cérebro.

Os agentes causadores podem ser vários (vírus, bactérias, fungos etc) e a transmissão se dá através de gotículas de saliva, material expelido na tosse e espirros. Ela pode surgir após outras infecções como otites, sinusites, de pele, pneumonias ou após fraturas de crânio.

A suspeita diagnóstica das meningites é sempre baseada em dados clínicos. No recém-nascido e no lactente, o diagnóstico é mais difícil e se caracteriza por pequenos detalhes conhecidos como sinais de alarme: febre alta ou hipotermia, apatia, recusa alimentar, vômitos seguidos sem relação com a alimentação e não precedidos de náuseas, apnéia (parada respiratória), fontanela abaulada (moleira estufada) e tensa e convulsões.

Na criança maior e no adulto, os sinais clínicos já são mais comuns, tornando a suspeita mais evidente. São eles: febre ou hipotermia, falta de apetite, apatia; sinais meníngeos (flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se tentar antefletir a cabeça), rigidez de nuca e outros; pode ocorrer cefaléia intensa, vômitos e, no exame do fundo de olho, observa-se edema de papila; algumas vezes alterações sensoriais (sonolência, agitação) e torpor ou coma.