quarta-feira, 24 de junho de 2009

Meningite


Meningococcemia é a mais grave

A Meningococcemia pode ser definida como uma infecção bacteriana aguda, rapidamente fatal, causada pela bactéria meningococo ou Neisseria meningitidis. A bactéria pode atuar causando infecções nas meninges (meningite meningocócica), infecções generalizadas (meningococcemia), ou as duas juntas.

O quadro é mais grave quando ocorre apenas a meningococcemia, podendo levar à morte, rapidamente. “Nestes casos, a bactéria é mais agressiva e pode matar antes mesmo de infectar as meninges”, explica.

Mesmo em países de primeiro mundo, o índice de mortalidade chega a 40% das pessoas infectadas. Em 15% dos casos ocorre meningococcemia sem meningite, quando a mortalidade pode chegar a 70% em países em desenvolvimento.

Estima-se que 10% dos adolescentes e adultos sejam portadores assintomáticos (não estão doentes) do meningococo na orofaringe (boca e garganta) e podem transmití-lo. A maioria dos casos de meningococcemia origina-se desses portadores assintomáticos.

Sinais clínicos podem determinar o início do tratamento da meningite

Tratamento
Na suspeita clínica de meningite deve-se sempre proceder à punção liquórica (retirada do líquido espinhal), para confirmar o diagnóstico e isolar o agente. Estabelecida a suspeita diagnóstica e confirmada pelo resultado do exame de líquor, deve-se iniciar o tratamento específico o mais rápido possível.

Nos casos graves, como na meningococcemia, quando há choque (pulsos fracos e pressão baixa) e alteração do nível de consciência, há necessidade de cuidados intensivos na UTI.
As complicações iniciais das meningites são mais graves, incluindo-se aí o choque, miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e a insuficiência renal.

“Como seqüelas poderemos ter surdez ou diminuição da audição, retardo neuropsicomotor, epilepsia e amputação de extremidades”, diz o intensivista.

Como medidas de prevenção, o médico recomenda a vacinação contra os germes mais comuns (Hemófilo B, pneumococo e meningococo) e manter os ambientes bem ventilados.

Inverno facilita a transmissão

A proximidade dos meses mais frios do ano traz sempre a preocupação com a prevenção da meningite, doença grave que acomete principalmente crianças e com alto índice de mortalidade. Segundo o intensivista pediátrico Dr. Eduardo Marcelo Golin, a transmissão é facilitada no inverno porque as pessoas tendem a ficar mais próximas e em lugares fechados.

A meningite é uma doença infecciosa do sistema nervoso central, que causa inflamação nas meninges, as membranas que revestem o cérebro.

Os agentes causadores podem ser vários (vírus, bactérias, fungos etc) e a transmissão se dá através de gotículas de saliva, material expelido na tosse e espirros. Ela pode surgir após outras infecções como otites, sinusites, de pele, pneumonias ou após fraturas de crânio.

A suspeita diagnóstica das meningites é sempre baseada em dados clínicos. No recém-nascido e no lactente, o diagnóstico é mais difícil e se caracteriza por pequenos detalhes conhecidos como sinais de alarme: febre alta ou hipotermia, apatia, recusa alimentar, vômitos seguidos sem relação com a alimentação e não precedidos de náuseas, apnéia (parada respiratória), fontanela abaulada (moleira estufada) e tensa e convulsões.

Na criança maior e no adulto, os sinais clínicos já são mais comuns, tornando a suspeita mais evidente. São eles: febre ou hipotermia, falta de apetite, apatia; sinais meníngeos (flexão involuntária da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se tentar antefletir a cabeça), rigidez de nuca e outros; pode ocorrer cefaléia intensa, vômitos e, no exame do fundo de olho, observa-se edema de papila; algumas vezes alterações sensoriais (sonolência, agitação) e torpor ou coma.

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